quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Sim, tenho uma Dona





Armado de portas e janelas, eu Otelo Planchêz,
angelical por merecimento,
amante absurdo totalmente de quatro
pela feiticeira que canta 
os trinados carmim de Piaf Rainha

Filho desse reino, filho de teu reino, 
filho do que ordenares,
sim, tenho uma Dona, 
a mais saborosa das pérolas,
o intervalo entre o mover da semente
e o sibilar da flor, 
da flora carnuda por onde ando,
por onde estendo a alma que teci
para que te sirva de roupas,
para que esqueça essas roupas sobre as pedras
do meu tórax página de Miguel de Cervantes
e dance a dança das sete borboletas,
dos oito arpejos que Paco de Lucia construiu
no véu da marcante lua que te seguirá
por toda a viagem
...

 ( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário