segunda-feira, 30 de novembro de 2015

poema ser


O micróbio da alegria dança 

em teu poema ser, 

Rosa Kapila, 

é mais fácil o sol apagar 

do que o inverno não verte-se 

em primavera 

em nossas vidas,

viva o Sutra de Lótus 

de nosso peito bonito!


( edu planchez )

Cantado a canção do mestre Lua


arte, nela me desmancho, me elevo em lágrimas,
choro, e ao mesmo tempo abro um sorriso
maior que o cosmo
estou nas mais profundas grutas 
da beleza apenas tomando leite
hoje mais uma vez toquei minha irmã flauta 
para as pessoas na rua do catete,
se lá não estivesse tocando juazeiro no pife
que ganhei do amigo paraibano luiz,
não teria o privilégio de ter o ator josé dumont
sentado do meu lado na calçada
cantado a canção do mestre lua
emocionado; falamos de amores que se foram,
de paixões que se rabiscaram
em nossas doces vidas de malandros aquarelados

( edu planchez )

sábado, 28 de novembro de 2015

E não...E sim...





O sol Tavinho Paes
e água e pão e Alvaro Nassaralla
desce os desfiladeiros das horas de sono
e o estar desperto
para na lisura do ir e vir ( das palavras )
movimentar os arpejos
das mãos que escrevem


A sombra perfeita inexata
partida nas arestas das páginas
do quase perfeito

da "pauta de metal"
que hoje e sempre foi o ninho
das andorinhas da clave de sol
e mar ancião de Cassiano Ricardo...


O sol do espanto
patina nas imagens múltiplas
de Sakyamuny
exibidas nas paredes imãs
do bardo de Bonsucesso 

através da água ungida

pelo filamento da lampada
parida pela memória Cyberpuk ( deste )


Arabescos,
para além do mundo visível e material,
geometria de plantas,
formas orvalhadas e tal
da flauta ( que me roubaram )
e não me roubaram
e não me roubaram
e não me...
e não
e sim...
e não e sim,
e!
( edu planchez )

Nossa união


Nosso companheiro de revolução humana,
o xará italiano Antonio,
nesse agora, dentro está de um avião de ouro,
em menos de 14 horas,
pousa em Dubai,
leva com ele nossos corações,
olhos e sonhos

Que em Dubai querida,
voce lembre de nós
e desenhe na pera do corpo do mundo
uma torre multiplicada em perfumes raros

De "dentro de um figo maduro",
empunho a bandeira amarela azul vermelha
de nossa união,
do coração de nossos Mestres

( edu planchez )

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

segunda-feira, 23 de novembro de 2015


que eu nunca possua por vestimenta 

a nau nojenta... ( edu planchez )

orelhas do livro que voce não leu


pela minha fidelidade botarei um poema pra fora:

uma frota de pássaros-beijos
patina nas nevoentas sobrancelhas que tenho,
nas narinas que tens,
nos círculos do que nunca foi pensado


E e o que nunca foi pensado,
goteja, espirra relampagos nos angulos

das orelhas do livro que voce não leu


( edu planchez )

domingo, 22 de novembro de 2015

O horizonte perto distante me jogando na boca da chuva e do sol


Rimbaud, nunca abandonou a literatura,
que literatura? Ele, um jovem, aos 17 anos,
com quinhentos exemplares de um livro encalhados numa gráfica,
que futuro teria aquilo em vida,
num mundo medieval, numa Europa tosca... ( ? )
Rimbaud estava no rock e muito além dele,
um homem do futuro presente nascido no seculo XVIII
Que se tire todas as vendas do menino,
que se destrua no ventre a infelicidade do nada ver
Mas a Terra não descrimina de sua face nenhuma criatura,
não serei eu a fazer
Que se abram todas as fendas,
das profundezas do negrume range a luz,
a intrigante faísca da inteligencia
Voltando ao poeta,
ao traçado do que ando a fazer...
música na rua para recolher algumas moedas...
o horizonte perto distante
me jogando na boca da chuva e do sol
Que se tire todas as vendas do menino,
que se destrua no ventre a infelicidade do nada ver

( Edu Planchêz )

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Rua Marangá 604


Sem nenhum nome corro de esquina a esquina,
o arco-íris de meu pincel se estende de um céu ao outro,
e todas crianças da rua abraçam suas árvores,
e com mais uma pincelada chego em casa,
no quintal, aos pés do pé de turanja


O joão-bobo, o joão-de-barro,
o seu João pai do louro que sempre gritou
os nossos nomes "Antônio Eduardo!" "Roberto José!"
"Eugênio Carlos!" Joâo Marcelo!" "Paulo Marcio!"

Selma Eliane!" Ana Lúcia!" "Márcia Stella!"

( edu planchez )

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Varais do destempo




O disparo de um raio em minha vida que é um cântaro,
raio de boa sorte,
o homem é o que pensa,
sempre ou quase sempre vivi assim,
mas os dramas foram se desenrolando 
e eu fui abrindo e fechado portas,
batendo e apanhado na cara,
me aproximando e fugindo das respostas

Tamarineiro, da casa emoldurada de meus avós maternos
que ficava na rua Dr Bernardino,
onde vós hoje ostenta teus plácidos frutos?

E aquela flor que nascera 
entre o portão de ferro e a ferrovia
que me trouxe para esses hojes,
por cá inda anda,
passeia nas saias de meus olhos,
nos lábios de meu coração nada antigo

E eu choro ouvindo as canções
que minha mãe cantava
ao lavar nossas roupas
que hoje estão estendidas 
nos varais do destempo

(  edu planchêz )

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

o sonho meu e teu





ela lembra do dia que eu só tinha uma prata
para comprar apenas um sonho de valsa,
e era apenas o reflexo de um amor futuro,
negado, escondido, nunca visto,
o beijo preso na garganta,
o beijo desejado desda infância,
a porta que ela não quer abrir,
a página que ela não quer virar,
ou o contrário de tudo isso



tenho fome e sede, senhora perturbadora;
se fosses a noiva da minha cidade,
a ovelha de meus cabelos,
muitos lírios nasceriam
no meio de vossas...
no centro de seus novelos,
nas chaminés das casas
de seus ancestrais lacinhos
cor de azul e prata


e vossa rosada tez ouve

de minha rosada tez,

as canções mais abissais,
a alavanca de Arquimedes mover a Terra


olhinhos de ágata verde,
amadurece nas ervas o sonho de Alice,
o sonho meu e teu



( Assina, o gênio da lamparina, Edu Planchêz.)

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Roberto Piva mijando nos pentelhos da avenida paulista





são figuras de linguagem,

palavras avassaladoras,

subversivas e desérticas,

ou algo que não sei

e sei

e convido Mário Faustino para ocupar todas as cadeiras

do congresso e do senado,

os jardins de todos,

a educação geral


No reino, republica de nós todos,

os verdadeiros líderes pintam, dançam, tocam, 

cantam e  escrevem,

e  possuem Jorge Mautner tatuado no cerebelo,

no lóbulo direito e esquerdo da vanguarda mental

e Roberto Piva mijando 

nos pentelhos da avenida paulista

( edu planchêz )

Filhas ( os) de porra nenhuma





Apago todas as minhas palavras com palavras,

já que não paro de falar,

que a tagarelice se opõe ao meu silenciar,


e é entre as palavras que encontro silencio,

que abro um novo portal,

estou a empurrar a emperrada porta da existência,

The Doors 1967 rasgando os nenhum motivos

para manter vivo em mim o último passado

de paixões complexas,

Jim Morrison grita, eu grito,

grita Diego El Khouri e Alvaro Nassaralla,

grita Tiça Matta, grita Catarina Crystal,

grita Rosa Maria Kapila

e todos os outros filhos da argila




Nascidos no barro, na borra,

na mancha alucinada William Burroughs,

nascidos e morridos,

em decomposição composição cósmica humana

Viemos da fumaça da mais deliciosa maconha,

agarrados no rabicho, no filete da lâmpada,

ou mesmo das catapultas das paredes

do cérebro metáfora Renato Russo...

e o Doors segue solto

pelas flanelas orientais

que nos acaricia

o sexo e os ouvidos



Mas voltando a tagarelice,

e o silencio estrondo ejaculado por ela,

voltando ao pináculo da alta floresta do darma

de nada fazer sentados nus no muro das herdades

Pelos meandros dos esmiuçados olhos

que nos unem ao porrete, a porra,

ao dramático e arrombante rock sem pai nem mãe




E foda-se essa civilização eunuca

gestada pela gosma televisiva;

que todos se dopem com essas palavras

arrombadas filhas de porra nenhuma



( edu planchêz )

É muito bom dividir







é muito bom dividir a vida com você,

é algo marítimo,

belo como a chuva que da origem ao arco-íris

e aos novo brotos

perdoa eu me sentir integrante de ti,

um filho, um de teus seios,

a coroa de brilhantes diamantes

que circunda-te

( edu planchêz )

para um escorpião é morrer




espremo todo o meu ser para que ela se entranhe

nos porões de sândalo do meu ventre,

mas ela, permanece inerte, fria como a lápide



estrela da sétima constelação,

é insuportável permanecer habitando

um quarto de motel, solitário,

sem o toque, o beijo, o orgasmo;

para um escorpião é morrer


( edu planchêz )

domingo, 15 de novembro de 2015

Do que penso, do que pensas




Ao poema vestido de negro, 
ao ponto mais sensível de meus pés
e dos pés dela

Tudo se eterniza agora nessa frente,
no front, nas adagas, nos lampiões,
nas areias onde o calor reina ao extremo

Mulheres e Homens sobrevoam 
os olhos do condor,
os olhos do gavião deserto,
a planta lama, a planta amarga doce
do dia nunca noite

Ver com as próprias pernas
o horizonte sobre a serra dos destemidos,
dos que nunca somem,
dos que se armam de amor

Vasta é a arca formada por esse planeta
nas latitudes do deserto céu sem gravidade,
os deuses astronautas coabitam conosco  
as planas acidentadas cidades,
as da Terra, as que estão além
do que penso, do que pensas

( edu planchêz )

A planta crescida no lago das almas





Se minha imagem,

está sempre diante dos olhos de minha bem amada,

sou o mais fluvial dos homens,

o que flutua nas água agradáveis do Solimões



Ao rio Madeira, reporto essa noite de carinho,

o hálito dos oitis que se elevam 

pela avenida Gomes Freire,

meu coração numa garrafa de mel


Se minha imagem,

está sempre diante dos olhos de minha bem amada,

eternizado será esse poema,

essa aragem repleta de oceano atlântico


Ao rio Paraná, assopro a semente

que dará origem a planta

crescida no lago das almas


( edu planchêz )

sábado, 14 de novembro de 2015

Scan Pyramids



Scan Pyramids,

dedo torto, dedo vivo,

os mistérios do dia e da noite

rasgados, escaneados pela ciência luz

dos homens que devoram o Egito



Mega-câmeras, micro olhos ao fogo,

ao sol de quem quer mover as pedras

do distante passado

O vivo, o morto, o céu, a terra, a múmia

A estrela, o poema, o poder nenhum,

a porta, as passagens secretas


ocultas na pele, na face prenhe



Pedra sobre pedra sobre pedra,

e o tempo não tempo

dos aqui estiveram bem antes



Dista de mim milênios,

o amor que tive na Cairo de Neferttiti,

perto está, os reflexos da que amo

nesse hoje matrix



No raio, no sapo,

na grande árvore lilás

que reina na superconsciência


( edu planchêz )

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Pássaro sutil de Ravir Shankar





Princesinha, você nos karaokês,

eu no vento das claras palhetas,

sob a trindade dos sons que chegam da Lapa,

e sei que o melhor a fazermos agora,

é continuarmos tranquilos,

confiantes, unidos até o mais profundo,

orando, sorrindo, chorando



As noites do Rio continuam tênues,

as noites do mundo sangram,

o Rio sangra...mas mesmo assim,

abraço os Espíritos das Árvores,

e me preparo para devorar o livro

"As cem Melhores Historias da Mitologia"



Deuses, Heróis, Monstros,

e guerras da tradição greco-romana...



Que nos contem as melhores histórias,

todos esses livros, todas essas canções

que cantas nessa noite

dedicada a você,

princesinha alva rosada

de meu sonoro coração



Vinde ser dos cataventos

de Holanda e Bélgica,

da sarça dos alagadiços lábios

que tens para cantares

Meu coração sempre

repete, Catarina Crystal,

artista impecável,

ama de meus olhos

O certo é, que a nova cena,

o novíssimo mundo,

vem de ti,

magna mulher

dona de todas as teclas,

do piano sitar,

do pássaro sutil de Ravir Shankar


( edu planchêz )

Trigo





Poema feito de linhas, de paus de fogo, 

de ferventes silabas,

de camadas e mais camadas do gelo das rosas


Manhã, corte obtuso na cena:

ela flutua nos respingos do néctar que irei provar,

que iremos provar muito além do arco-íris,

muito além do guardar-se para o nada

Te cerca o poema, 
apinhado de abraços,

sorridentes beijos
com fragancia de camomila,
abacaxi com hortelã Sobre as fatias nossas,

caminham aos pedaços

o trigo do chão,

as tranças gestadas por nosso amor



( edu planchêz )

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Flauta-caralho




Continuo "um camicaze destruidor de lares",
um que não se explica, "um animal de versos livres"
( ouvi isso da boca de meu padrinho Dailor Varela )
Ostento medalhas de porra das punhetas
que bati obcecado por ti fêmea,
pelos muitos ventos do inferno do Éden
rabiscado nos azulejos das armas que nunca usarei
porque Dylan clamou não a elas
Toco minha flauta-caralho na esquina da rua 13 de maio
diante da devassa fênix que se impõe
sobre o teto do palácio teatro municipal do Rio de Janeiro,
a proposta maior não é jorrar música, nem moedas,
e sim foder todas as bailarinas e não bailarinas,
as que nos salões do teatro dançam,
e das que trafegam pela rua onde ejaculo
meu concerto de flauta-caralho

( edu planchêz )

A existência




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A existência é algo muito tênue,
por dores, por ilusórios ou complexos amores não amores,
andei por essas ruas do centro da cidade sem cabeça,
ou com a cabeça focada no não foco,
nas situações cármicas espinhosas
que me mastigam nesse hoje
Andei cruzando sinais fechados,
ruas movimentadas, à beira da morte física cheguei,
por pouco não conheci "o beijo no asfalto"



( edu planchêz )

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Uranio da alma


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Iogurte de milho verde, pão com queijo minas,
água mineral...
Ravi Shankar nos levando pelo Spirit of India,
rajadas de sandalo ainda nos guiam para sempre,
não dá para esquecer o que foi combinado
sob o efeito do urânio da alma



( edu planchez )

Cuspiu junto comigo pela janela o doce


Estive por um temporal ancorado
na rua dos Inválidos,
ali não valia nada mesmo,
estava me apagando, oprimido,
desgastado, as fontes se desviavam de mim,
mas como nada vem exatamente de fora,
cumpri o rito de depressão,
por aquela rua, nos fundos de uma casa sarcófago,
dentro de um túnel sem fim
Jack Kerouac,
como no poema de Ana Cristina Cesar,
esteve nos meus aposentos,
provou do ácido e do amargo,
cuspiu junto comigo pela janela o doce

( edu planchêz )

Viris cavalos


Em que céo, o Zeppelin de chumbo
ejaculou rosas e dinamites em tua voz?
E vendo o rosto ovo de Artaud,
e vendo o meu rosto ovo e o teu rosto ovo,
ovulo volumosas serpentes,
astros derretidos, galáxias lascivas,
intra-mundos formados por viris cavalos

( edu planchêz )

Fêmea dos gestos agudos



Louvas o pai do céo,
mas espancas o terrestre...
Como estou sempre num sambura de relâmpagos,
vivo com os pés adornardos,
com os ventrilocos das mãos atracados nos arcos
da nossa grande passagem
E eu me comunico com que foram dados como mortos
pelos vãos das coisas,
abrindo as vaginas das que amo com o talo,
com a simples carola da flor minguante
Mas vedes que cá nos outubros
do morrer e nascer,
estou e estás,
sempre vertido no vento que passeia,
do vento crescido nos pelos do peito,
vens colher rente ao ombro pêssego,
aquilo que falaste em uma das línguas
derramadas por tua boca,
fêmea dos gestos agúdos,
dos ângulos perfeitos
da amada anatomia;
se queres de mim o feliz,
o terás,
se queres de ti o penetrante,
chama-me

( edu planchêz )