domingo, 22 de novembro de 2015

O horizonte perto distante me jogando na boca da chuva e do sol


Rimbaud, nunca abandonou a literatura,
que literatura? Ele, um jovem, aos 17 anos,
com quinhentos exemplares de um livro encalhados numa gráfica,
que futuro teria aquilo em vida,
num mundo medieval, numa Europa tosca... ( ? )
Rimbaud estava no rock e muito além dele,
um homem do futuro presente nascido no seculo XVIII
Que se tire todas as vendas do menino,
que se destrua no ventre a infelicidade do nada ver
Mas a Terra não descrimina de sua face nenhuma criatura,
não serei eu a fazer
Que se abram todas as fendas,
das profundezas do negrume range a luz,
a intrigante faísca da inteligencia
Voltando ao poeta,
ao traçado do que ando a fazer...
música na rua para recolher algumas moedas...
o horizonte perto distante
me jogando na boca da chuva e do sol
Que se tire todas as vendas do menino,
que se destrua no ventre a infelicidade do nada ver

( Edu Planchêz )

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