domingo, 15 de novembro de 2015

Do que penso, do que pensas




Ao poema vestido de negro, 
ao ponto mais sensível de meus pés
e dos pés dela

Tudo se eterniza agora nessa frente,
no front, nas adagas, nos lampiões,
nas areias onde o calor reina ao extremo

Mulheres e Homens sobrevoam 
os olhos do condor,
os olhos do gavião deserto,
a planta lama, a planta amarga doce
do dia nunca noite

Ver com as próprias pernas
o horizonte sobre a serra dos destemidos,
dos que nunca somem,
dos que se armam de amor

Vasta é a arca formada por esse planeta
nas latitudes do deserto céu sem gravidade,
os deuses astronautas coabitam conosco  
as planas acidentadas cidades,
as da Terra, as que estão além
do que penso, do que pensas

( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário