terça-feira, 10 de novembro de 2015

Flauta-caralho




Continuo "um camicaze destruidor de lares",
um que não se explica, "um animal de versos livres"
( ouvi isso da boca de meu padrinho Dailor Varela )
Ostento medalhas de porra das punhetas
que bati obcecado por ti fêmea,
pelos muitos ventos do inferno do Éden
rabiscado nos azulejos das armas que nunca usarei
porque Dylan clamou não a elas
Toco minha flauta-caralho na esquina da rua 13 de maio
diante da devassa fênix que se impõe
sobre o teto do palácio teatro municipal do Rio de Janeiro,
a proposta maior não é jorrar música, nem moedas,
e sim foder todas as bailarinas e não bailarinas,
as que nos salões do teatro dançam,
e das que trafegam pela rua onde ejaculo
meu concerto de flauta-caralho

( edu planchêz )

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