quinta-feira, 24 de setembro de 2015

No Orfeu do canto que preparo desde muito antes



Vou me movendo, 
me embrenhando no emaranhado de estrelas,
se ela vem ou não vem, fica a interrogação abissal,
o rasante voo da serpente de sentimentos

Pesco nas partes que não toco do tempo mais que preciso,
a montanha do pleno firmamento,
sete anos no Himalaia, 
sete cordas para que eu entre e saia do abismo,
para eu que te resgate me resgatando

E foi no musgo, no limo que armei a torre de sândalo ,
e entre as escarpas da água entranho os dedos,
a alma dos dedos,
o maciço anel de jade para que percas o medo
de ter medo, para que se decida
e marque teu nome na alada música,
no Orfeu do canto que preparo desde muito antes

( edu planchêz )

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