eu aqui perto do rosto perfeito do mar silêncio,
da prosa balsâmica de janeiro,
do reino sensorial que me liga ao céu da arca
onde guardo os livros da aurora da Terra,
os livros escritos por mim mesmo em vidas prévias
uma, duas, três ondas de letras que formam silabas e palavras
no solo do sal, no cais das areias,
nas cartas escritas pelo amor de agora
no solo do sal, no cais das areias,
nas cartas escritas pelo amor de agora
eu aqui longe da sombra do pássaro
que passa rente a eterna neve dos andes de minha cabeça
que passa rente a eterna neve dos andes de minha cabeça
o pouco que sei escreve na seda e no linho
o retrato do que ouço,
o que ouço retorna do reino das rãs cantoras,
das caravanas de flamingos
que deslizam pelas almofadas de nuvens
o retrato do que ouço,
o que ouço retorna do reino das rãs cantoras,
das caravanas de flamingos
que deslizam pelas almofadas de nuvens
e ver sempre foi o meu maior dom,
a alegria mãe,
o sentido de permanecer entre as pedras verdes azuis,
entre vossas mãos de cristais
a alegria mãe,
o sentido de permanecer entre as pedras verdes azuis,
entre vossas mãos de cristais
( edu planchêz )
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