sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

a porra do meu rock



um de janeiro, 
cinco horas e vinte e sete minutos do verão
que promete esturricar os menos desavisados
e detonar o nosso rock arrombado
sobre o lombo dos que gemem gostoso
pelas marolas oceânicas
da cidade estrela de nossas vidas

e você pode me chamar de poeta devasso,
de comunista greludo,
de cidadão desqualificado,
por que sou tudo isso mesmo diante dessas leis,
dessa pretensa música que fede a bosta de cavalo

a arte do sertanejo é ajudar a gente a esquecer 
que tem cérebro,
e a porra do meu rock vos fode com alma,
com os cabelos do sentimento extremo,
com as páginas dos mestres de bob dylan

 ( edu planchêz )

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