domingo, 27 de dezembro de 2015

canário da terra


rosas marcam as pegadas da minha moça ser,
de minha capacidade de reter nas longos suspiros,
a firme marcha 
de quem vai para as notórias casas da alma, 
da alma do figo maduro, 
da maçã que voa,
do espantalho que flutua nas sombras
dos cavernosos corpos 
das atarefadas formigas

margaridas permanecem nas pintas cinzas
das asas amarelas do canário da terra
que se arrisca nos fios de cobre cantar
o canto que inventa

( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário