os refugiados que o mundo do dinheiro
mais que morto expurgou de suas pátrias
estão aqui nas salas de meu coração,
jogados pelas ruas do quase nada,
em nome da miséria da alma sem alma
dos que nunca pensam no próximo
vossas carrancas imundas, homens-dinheiro,
torna-se-ão esqueletos
porque todos e tudo se tornam esqueletos
porque sempre foram esqueletos
torna-se-ão esqueletos
porque todos e tudo se tornam esqueletos
porque sempre foram esqueletos
quero ver o o que sentirá
no momento de vossa morte física,
nenhum dinheiro conseguirá,
nenhum dinheiro conseguirá,
deter o terremoto de tua morte,
a parada cardíaca, a parada respiratória aguda...
assim o é para todos, nasceu,
assim o é para todos, nasceu,
é inevitável tudo que falei
melhor dividir,
tratar o próximo com dignidade e respeito,
pois nada somos mesmo,
compreendi melhor essa verdade,
observando o corpo de meu pai sem vida;
é mais que real, caixão não tem gavetas,
nos dedos não levaremos anéis,
notas de dólares, catões de créditos...
as propriedades ficarão por ai,
as belas roupas, os sapatos de cromo alemão,
o caviar de esturjão soviético,
o scott de um bilhão de anos,
o jato de ouro maciço...
na nave da morte nada disso cabe
pois nada somos mesmo,
compreendi melhor essa verdade,
observando o corpo de meu pai sem vida;
é mais que real, caixão não tem gavetas,
nos dedos não levaremos anéis,
notas de dólares, catões de créditos...
as propriedades ficarão por ai,
as belas roupas, os sapatos de cromo alemão,
o caviar de esturjão soviético,
o scott de um bilhão de anos,
o jato de ouro maciço...
na nave da morte nada disso cabe
( edu planchêz )
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