domingo, 20 de dezembro de 2015

supra sumo


lucho gatica,
cá estou de volta ao terreno,
ao estado geográfico de minha vida,
ao recreio dos bandeirantes
de todas as solaridades,
dos multiplicados raios
capitães e tenentes
da maresia esplêndida

tal qual meu pai,
reino, me arrasto por essas águas
de sono e sal

espalmo a mão direita
e cubro o pontal,
a ponta leste do mar
do meu eu anfíbio

antares se reflete no aquaespelho
dos dedos de mim,
dos dedos faisões das sete quedas
do que penso
a tulipa abissal,
o artistas das cavernas futuras,
o artista do rio céu,
do supra sumo

( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário